por
Cris Dias¹ feat. Gilmar R. Silva²
Penúltimo dia da Campus Party e aqui estou vestindo uma camisa escrito “Free Rick”, com uma caricatura do cantor rei dos ternos com ombreira dos anos 80, Rick Astley. Eu não paguei pela camisa, ganhei porque alguém acha que eu tenho muito whuffie. Você quer uma camisa? Também não precisa pagar. O pessoal que bolou os desenhos estampa sua camiseta de graça em troca de você sair por aí com ela. O que ela ganha? Whuffie.
Pense como a web 2.0 não tem, tecnologicamente, nada revolucionário. Sites
interativos, banda larga, webcams, microfones... Tudo isso somado, mais o cada vez maior número de usuários de internet fez surgir uma coisa que precisava de um nome: Web 2.0. Já o Whuffie é outra coisa que não é necessariamente nova mas ficou tão comum que precisava de um nome. Alguém sugeriu “capital social”, mas vamos concordar que whuffie é muito mais sexy.
O termo foi cunhado pelo escritor canadense Cory Doctorow no seu livro de ficção-científica “Down and Out in the Magic Kingdom”, de 2003. Ele conta como num futuro próximo a tecnologia do nosso mundo avançou tanto que duas coisas centrais na nossa sociedade deixaram de existir: a escassez e a morte. Por mais que lhe maltratem você nunca vai morrer. Por menos que você se esforce você sempre terá casa, comida e roupa lavada. O dinheiro, que é a manifestação física da economia de escassez, perde o sentido num mundo onde todo mundo pode ter tudo. Num mundo sem dinheiro, um mundo onde todo mundo pode ter tudo, o que as pessoas desejam?
Aquilo que o dinheiro não compra. É claro que Doctorow não estava sonhando com um futuro distante. Ele estava falando do presente, exagerando na lente como os escritores de ficção-científica adoram fazer. Não vivemos hoje na Bitchun Society, o nome pós-capitalista dado para a nova maneira de viver, mas já fazemos muita coisa parecida. (O livro está disponível gratuitamente para download, o que ajudou a divulgar todo o seu trabalho e o transformou em um dos blogueiros mais influentes do mundo).
Um termo que empresários e economistas adoram repetir é “comoditização”. Vivemos num mundo comoditizado, onde abrir uma estamparia de camisetas é tão barato que é melhor pensar em outro negócio ou um chinês com uma tela de silk-screen no quintal de casa vai lhe colocar para fora do mercado. No mundo comoditizado ou você cria algo realmente exclusivo e desejado, como um iPod, ou simplesmente dá seu produto de graça. Só que no mundo do whuffie você não vai simplesmente dar camisetas de graça, você vai trocar por whuffie. A comoditização do mundo está derrubando na marra a idéia de que escassez gera capital, simplesmente porque é cada vez mais difícil criar escassez. Lembra do chinês? Veio a tal web 2.0 (que, lembre-se, é só um rótulo para facilitar a vida de gente escrevendo textos como esse) e o ditado do “informação é poder” foi derrubado. Quando eu cresci este era o lema do mundo, papai ensinava: “consiga o máximo de informação, guarde para você e use a seu favor”.
Acho que o pai de alguém na geração seguinte esqueceu de contar isso e em algum ponto a informação começou a circular numa velocidade enorme, invertendo a lógica.
Caiu “você é o que você tem” e entrou no lugar o “você é o que você compartilha”.
Em um mundo sem escassez a economia passa a ser a da gift economy, dos presentes, do dar-e-receber que atinge uma escala tão grande que deixa de ser mera troca de favores. Um fazendeiro que planta laranjas no Brasil torce para que um furacão destrua os laranjais da Flórida. Quanto menos laranjas no mundo mais dinheiro no bolso para quem tem a fruta. A gift economy é a economia do “abraço grátis”, aqueles malucos com cartazes no meio da rua abraçando quem se candidatar. Quanto mais abraços eu der, assim de graça mesmo, mais felicidade eu e a pessoa abraçada ganhamos. E não precisa ser só abraço. Pense em uma comunidade de fotos, como o Flickr: um fã de fotografia já adora tirar fotos. Ele tira milhares de fotos por ano. Se ele mandar estas fotos para o site, vai receber feedback, vai ser reconhecido, vai ser chamado para participar de eventos... vai tornar a rede mais forte, vai favorecer pessoas que ele provavelmente nunca vai conhecer para ser “pago de volta” (pelo menos diretamente). Já a foto não compartilhada, guardada na “gaveta” não geraria valor nenhum nem para ele nem para ninguém, porque não há escassez de fotos para deixá-la mais cara quando um furacão destruir todos os fotógrafos de Cuba.
É claro que a economia do whuffie não é perfeita. Ela ainda é usada por seres humanos com suas falhas e problemas. Nela, por exemplo, continua valendo a máxima de que “dinheiro chama dinheiro”. Whuffie chama whuffie. Pessoas com mais whuffie recebem destaque, são convidadas para eventos, são citadas em artigos... chamando para si e para seu trabalho a atenção de outras e, com isso, ganhando mais whuffie. A diferença é que o conceito de “celebridade” se fragmenta e deixa de ser uma coisa exclusiva de astros globais e estrelas do esporte para se espalhar pelas comunidades e turminhas, diminuindo a distância entre as pessoas e fazendo com que elas percebam que, no fim das contas, somos todos pessoas comuns.
E isso serve pra você jornalista. Uma pessoa comum. Na Era Digital um menino de Bangladesh mesmo sem a estrutura de um grande veículo de comunicação pode ter mais whuffie que você. A Internet junto de outras tecnologias móveis trouxeram consigo a ascensão dos amadores. A informação que o seu jornal quiser cobrar uma hora ou outra será disponibilizada em pdf ou até mesmo produzida por alguém e disponibilizada gratuitamente.
Quer dizer então que ninguém mais está disposto a pagar por informação. Exato. O jornalista André Forastieri, editor da Movie, questionado sobre quem pagaria a conta do jornalismo no lugar dos leitores pontuou:
“ Por que não vamos pagar? Porque ninguém nunca pagou. Quando você compra um televisor, espera ver TV de graça. Quando você compra um rádio, espera ouvir rádio de graça.
Assinatura de jornal custa R$ 30,00 por mês, o que mal cobre o custo de impressão. O leitor nunca pagou pelo conteúdo. Ou pagou uma carquerinha de nada que não cobre o custo de produzir o conteúdo.
Sempre haverá um ou outro cara disponível a pagar alguma coisa por conteúdo jornalístico, se for alguma coisa que seja muuuito importante pra ele. Mas preferimos que alguém pague no lugar da gente. E isso não vai mudar.”
Por outro lado jornalista, nunca houveram tantos leitores como hoje na internet. Gente sedenta por informação, seja ela do poderoso NY Times ou do seu vizinho da Fazendinha. Para encantar esse leitor você vai precisar de Whuffie. Pra ganhar dinheiro com esse leitor você terá que descolar um anunciante ou uma instituição que tenha interesse nos seus leitores.
Está tudo mudando, os modelos de negócios da Mídia também. Uma das saídas defendidas por muitos é o crescimento inteligente (The Smart Growth) elaborado pelo consultor de Novas Tecnologias Umair Haque.
Para Haque o Crescimento Inteligente não é propulsionado pela venda de produtos e serviços. E ele só virá a acontecer por meio de empreendorismo e inovação radical constituindo no que ele chama de “venture economies”, economias empreendedoras. Que devem buscar resultados, não receita (“outcomes, not incomes”).
É comum cidades se acotovelarem para atrair grandes multinacionais, visando a geração de empregos e impostos. Uma cidade com um grande polo industrial é considerada próspera. Mas será mais viável ao Executivo num futuro próximo ou a médio prazo apostar suas fichas em pessoas de cárater empreendedor e inovador no lugar das grandes fábricas. Isso porque a economia do século 21 se dirige para lucros menores, mínimos, para as empresas. Ou talvez lucro nenhum. Empresas de tecnologia como Skype, Amazon, YouTube, Twitter e Google não cobram tanto quanto o mercado suporta pagar. Cobram o mínimo que dá: Nas palavras de outro especialista, Tom Evslin, “a única saída é ter sua margem tão próxima do zero quanto possível. Assim, qualquer concorrente terá que aceitar prejuízo para brigar com você.” O futuro reserva menos receita para as grandes empresas por consequência menos postos de trabalho. Na era digital tão importante quanto ter um polo industrial gerador de receita e empregos é ter um polo de pessoas alinhadas ao padrão de mercado que vem se desenhando, pessoas que mesmo diante de um mercado onde o grátis é quase uma regra, consigam promover e viabilizar economicamente produtos e serviços, e o mais importante gerarem postos de trabalho.
Agora se realmente ninguém irá pagar por produtos e serviços é uma incógnita. Mas que menos pessoas estarão dispostas a pagar já é realidade, a derrocada da imprensa escrita e da indústria fonográfica comprovam isso. E se o amigo leitor, aspirante a jornalista, quer uma dica, aposte no novo, experimente maneiras diferentes de divulgar notícias, crie valor e o mais importante faça com que as pessoas gostem de você.
E lembre-se das palavras de Haque: “A corrida pelo Crescimento Inteligente é inevitável. A pressão para isso - o potencial para criação de valor- em um mundo que está sendo estraçalhado pela destruição de valor - é simplesmente forte demais.”
* Originalmente publicado no e-book “Para Entender a Internet”.
¹ Cris Dias começou a programar computadores lá pelos 9 anos de idade, em um CP-500 e um TK-85. Na hora de entrar para a faculdade pensou em fazer desenho industrial mas acabou indo para a boa e velha informática. Mas a essa altura ele já era o que iriam chamar alguns anos depois de “profissional multimídia”. Em 2003 abriu a Vilago, uma empresa de hospedagem de sites. Por volta de 2005 começou a brincar de fazer podcasts.
Daí nasceu o RadarPOP Uma coisa levou a outra e começou a participar do podcast Brain-cast, do site brainstorm9.com.br. Hoje em dia é o CEO do Vilago e Produtor Executivo do enxame.tv, iniciativa de produção de vídeo online.
Twitter: @crisdias
² Gilmar R. Silva é Jornalista especializado em cultura digital e Educador em Áudiovisual, Novas Mídias e Cibercultura. Owner da Laranja Pontocom e entusiasta da cultura pop, da cultura digital, da cultura livre e da cultura DIY(faça você mesmo).
Twitter: @Gilmar_
Penúltimo dia da Campus Party e aqui estou vestindo uma camisa escrito “Free Rick”, com uma caricatura do cantor rei dos ternos com ombreira dos anos 80, Rick Astley. Eu não paguei pela camisa, ganhei porque alguém acha que eu tenho muito whuffie. Você quer uma camisa? Também não precisa pagar. O pessoal que bolou os desenhos estampa sua camiseta de graça em troca de você sair por aí com ela. O que ela ganha? Whuffie.
Pense como a web 2.0 não tem, tecnologicamente, nada revolucionário. Sites
interativos, banda larga, webcams, microfones... Tudo isso somado, mais o cada vez maior número de usuários de internet fez surgir uma coisa que precisava de um nome: Web 2.0. Já o Whuffie é outra coisa que não é necessariamente nova mas ficou tão comum que precisava de um nome. Alguém sugeriu “capital social”, mas vamos concordar que whuffie é muito mais sexy.
O termo foi cunhado pelo escritor canadense Cory Doctorow no seu livro de ficção-científica “Down and Out in the Magic Kingdom”, de 2003. Ele conta como num futuro próximo a tecnologia do nosso mundo avançou tanto que duas coisas centrais na nossa sociedade deixaram de existir: a escassez e a morte. Por mais que lhe maltratem você nunca vai morrer. Por menos que você se esforce você sempre terá casa, comida e roupa lavada. O dinheiro, que é a manifestação física da economia de escassez, perde o sentido num mundo onde todo mundo pode ter tudo. Num mundo sem dinheiro, um mundo onde todo mundo pode ter tudo, o que as pessoas desejam?
Aquilo que o dinheiro não compra. É claro que Doctorow não estava sonhando com um futuro distante. Ele estava falando do presente, exagerando na lente como os escritores de ficção-científica adoram fazer. Não vivemos hoje na Bitchun Society, o nome pós-capitalista dado para a nova maneira de viver, mas já fazemos muita coisa parecida. (O livro está disponível gratuitamente para download, o que ajudou a divulgar todo o seu trabalho e o transformou em um dos blogueiros mais influentes do mundo).
Um termo que empresários e economistas adoram repetir é “comoditização”. Vivemos num mundo comoditizado, onde abrir uma estamparia de camisetas é tão barato que é melhor pensar em outro negócio ou um chinês com uma tela de silk-screen no quintal de casa vai lhe colocar para fora do mercado. No mundo comoditizado ou você cria algo realmente exclusivo e desejado, como um iPod, ou simplesmente dá seu produto de graça. Só que no mundo do whuffie você não vai simplesmente dar camisetas de graça, você vai trocar por whuffie. A comoditização do mundo está derrubando na marra a idéia de que escassez gera capital, simplesmente porque é cada vez mais difícil criar escassez. Lembra do chinês? Veio a tal web 2.0 (que, lembre-se, é só um rótulo para facilitar a vida de gente escrevendo textos como esse) e o ditado do “informação é poder” foi derrubado. Quando eu cresci este era o lema do mundo, papai ensinava: “consiga o máximo de informação, guarde para você e use a seu favor”.
Acho que o pai de alguém na geração seguinte esqueceu de contar isso e em algum ponto a informação começou a circular numa velocidade enorme, invertendo a lógica.
Caiu “você é o que você tem” e entrou no lugar o “você é o que você compartilha”.
Em um mundo sem escassez a economia passa a ser a da gift economy, dos presentes, do dar-e-receber que atinge uma escala tão grande que deixa de ser mera troca de favores. Um fazendeiro que planta laranjas no Brasil torce para que um furacão destrua os laranjais da Flórida. Quanto menos laranjas no mundo mais dinheiro no bolso para quem tem a fruta. A gift economy é a economia do “abraço grátis”, aqueles malucos com cartazes no meio da rua abraçando quem se candidatar. Quanto mais abraços eu der, assim de graça mesmo, mais felicidade eu e a pessoa abraçada ganhamos. E não precisa ser só abraço. Pense em uma comunidade de fotos, como o Flickr: um fã de fotografia já adora tirar fotos. Ele tira milhares de fotos por ano. Se ele mandar estas fotos para o site, vai receber feedback, vai ser reconhecido, vai ser chamado para participar de eventos... vai tornar a rede mais forte, vai favorecer pessoas que ele provavelmente nunca vai conhecer para ser “pago de volta” (pelo menos diretamente). Já a foto não compartilhada, guardada na “gaveta” não geraria valor nenhum nem para ele nem para ninguém, porque não há escassez de fotos para deixá-la mais cara quando um furacão destruir todos os fotógrafos de Cuba.
É claro que a economia do whuffie não é perfeita. Ela ainda é usada por seres humanos com suas falhas e problemas. Nela, por exemplo, continua valendo a máxima de que “dinheiro chama dinheiro”. Whuffie chama whuffie. Pessoas com mais whuffie recebem destaque, são convidadas para eventos, são citadas em artigos... chamando para si e para seu trabalho a atenção de outras e, com isso, ganhando mais whuffie. A diferença é que o conceito de “celebridade” se fragmenta e deixa de ser uma coisa exclusiva de astros globais e estrelas do esporte para se espalhar pelas comunidades e turminhas, diminuindo a distância entre as pessoas e fazendo com que elas percebam que, no fim das contas, somos todos pessoas comuns.
E isso serve pra você jornalista. Uma pessoa comum. Na Era Digital um menino de Bangladesh mesmo sem a estrutura de um grande veículo de comunicação pode ter mais whuffie que você. A Internet junto de outras tecnologias móveis trouxeram consigo a ascensão dos amadores. A informação que o seu jornal quiser cobrar uma hora ou outra será disponibilizada em pdf ou até mesmo produzida por alguém e disponibilizada gratuitamente.
Quer dizer então que ninguém mais está disposto a pagar por informação. Exato. O jornalista André Forastieri, editor da Movie, questionado sobre quem pagaria a conta do jornalismo no lugar dos leitores pontuou:
“ Por que não vamos pagar? Porque ninguém nunca pagou. Quando você compra um televisor, espera ver TV de graça. Quando você compra um rádio, espera ouvir rádio de graça.
Assinatura de jornal custa R$ 30,00 por mês, o que mal cobre o custo de impressão. O leitor nunca pagou pelo conteúdo. Ou pagou uma carquerinha de nada que não cobre o custo de produzir o conteúdo.
Sempre haverá um ou outro cara disponível a pagar alguma coisa por conteúdo jornalístico, se for alguma coisa que seja muuuito importante pra ele. Mas preferimos que alguém pague no lugar da gente. E isso não vai mudar.”
Por outro lado jornalista, nunca houveram tantos leitores como hoje na internet. Gente sedenta por informação, seja ela do poderoso NY Times ou do seu vizinho da Fazendinha. Para encantar esse leitor você vai precisar de Whuffie. Pra ganhar dinheiro com esse leitor você terá que descolar um anunciante ou uma instituição que tenha interesse nos seus leitores.
Está tudo mudando, os modelos de negócios da Mídia também. Uma das saídas defendidas por muitos é o crescimento inteligente (The Smart Growth) elaborado pelo consultor de Novas Tecnologias Umair Haque.
Para Haque o Crescimento Inteligente não é propulsionado pela venda de produtos e serviços. E ele só virá a acontecer por meio de empreendorismo e inovação radical constituindo no que ele chama de “venture economies”, economias empreendedoras. Que devem buscar resultados, não receita (“outcomes, not incomes”).
É comum cidades se acotovelarem para atrair grandes multinacionais, visando a geração de empregos e impostos. Uma cidade com um grande polo industrial é considerada próspera. Mas será mais viável ao Executivo num futuro próximo ou a médio prazo apostar suas fichas em pessoas de cárater empreendedor e inovador no lugar das grandes fábricas. Isso porque a economia do século 21 se dirige para lucros menores, mínimos, para as empresas. Ou talvez lucro nenhum. Empresas de tecnologia como Skype, Amazon, YouTube, Twitter e Google não cobram tanto quanto o mercado suporta pagar. Cobram o mínimo que dá: Nas palavras de outro especialista, Tom Evslin, “a única saída é ter sua margem tão próxima do zero quanto possível. Assim, qualquer concorrente terá que aceitar prejuízo para brigar com você.” O futuro reserva menos receita para as grandes empresas por consequência menos postos de trabalho. Na era digital tão importante quanto ter um polo industrial gerador de receita e empregos é ter um polo de pessoas alinhadas ao padrão de mercado que vem se desenhando, pessoas que mesmo diante de um mercado onde o grátis é quase uma regra, consigam promover e viabilizar economicamente produtos e serviços, e o mais importante gerarem postos de trabalho.
Agora se realmente ninguém irá pagar por produtos e serviços é uma incógnita. Mas que menos pessoas estarão dispostas a pagar já é realidade, a derrocada da imprensa escrita e da indústria fonográfica comprovam isso. E se o amigo leitor, aspirante a jornalista, quer uma dica, aposte no novo, experimente maneiras diferentes de divulgar notícias, crie valor e o mais importante faça com que as pessoas gostem de você.
E lembre-se das palavras de Haque: “A corrida pelo Crescimento Inteligente é inevitável. A pressão para isso - o potencial para criação de valor- em um mundo que está sendo estraçalhado pela destruição de valor - é simplesmente forte demais.”
* Originalmente publicado no e-book “Para Entender a Internet”.
¹ Cris Dias começou a programar computadores lá pelos 9 anos de idade, em um CP-500 e um TK-85. Na hora de entrar para a faculdade pensou em fazer desenho industrial mas acabou indo para a boa e velha informática. Mas a essa altura ele já era o que iriam chamar alguns anos depois de “profissional multimídia”. Em 2003 abriu a Vilago, uma empresa de hospedagem de sites. Por volta de 2005 começou a brincar de fazer podcasts.
Daí nasceu o RadarPOP Uma coisa levou a outra e começou a participar do podcast Brain-cast, do site brainstorm9.com.br. Hoje em dia é o CEO do Vilago e Produtor Executivo do enxame.tv, iniciativa de produção de vídeo online.
Twitter: @crisdias
² Gilmar R. Silva é Jornalista especializado em cultura digital e Educador em Áudiovisual, Novas Mídias e Cibercultura. Owner da Laranja Pontocom e entusiasta da cultura pop, da cultura digital, da cultura livre e da cultura DIY(faça você mesmo).
Twitter: @Gilmar_
Nenhum comentário:
Postar um comentário