por
Tiago Dória*
É quase um caminho sem volta o crescimento das marcas pessoais no jornalismo. Com o crescimento de blogs, redes sociais e plataformas de microblogging, tem sido um caminho cada vez mais atraente e fácil para os jornalistas desenvolver a sua própria audiência e marca pessoal.
A ideia é que os jornalistas encarem blogs, redes sociais e microblogs não apenas como ferramentas de reportagem, mas também mecanismos para a construção da sua própria marca.
Em 2009, o State of News Media Report já apontava o crescimento das marcas pessoais como uma das grandes tendências no jornalismo. Por meio de blogs, sistemas de buscas e redes sociais o leitor estaria, cada vez mais, migrando das marcas institucionais para as pessoais no jornalismo
Um exemplo desse crescimento das marcas pessoais no jornalismo está no Twitter. O serviço de microblogging é formado por diversas marcas disputando atenção, o que faz com que muitas vezes um jornalista tenha mais seguidores do que o perfil do veículo para o qual trabalha.
Algo que, claro, lança um grande desafio para as empresas de jornalismo. Incentivar ou minimizar o crescimento dessas marcas pessoais e individuais sobre as institucionais?
Se a gente olhar atentamente é algo que, a rigor, já existe há um bom tempo no jornalismo. Temos os colunistas que lançam livros e carregam consigo sua própria audiência. O que acontece é que, hoje em dia, com a crescente e alta rotatividade nas empresas e a “vida de freelancer” tornando-se uma dinâmica comum entre os profissionais de comunicação, desenvolver a sua própria marca, o seu próprio público, tem se mostrado cada vez mais atraente para os jornalistas.
Outro fator que pesa para a necessidade de desenvolver a sua própria marca pessoal e online é que, cada vez mais, plataformas de redes sociais e mecanismos de busca estão se tornando sistemas de reputação. As pessoas procuram, em redes sociais e sistemas de busca, informações e referências, sejam profissionais ou pessoais, sobre outras pessoas. Portanto, para um jornalista que quer ser relevante, ter voz nesses ambientes é imprescindível.
Porém, desenvolver a sua própria marca não é nenhum bicho de sete cabeça. Ela é regida pelos mesmos princípios por meio dos quais você contrói a sua reputação entre amigos e colegas de trabalho no mundo físico - naturalidade, segurança e coerência.
Enfim, desenvolver e administrar a sua própria marca pessoal, reputação digital, é uma das novas habilidades que o jornalista deve ter. Parece ser um problema? Não vejo dessa forma, mas sim como oportunidade.
Falo isso por experiência própria. Há cerca de 7 anos, enquanto alguns viam blog como um problema, mera moda passageira, eu via como oportunidade. E foi por meio dessa ferramenta de publicação que consegui construir grande parte da minha reputação na área de jornalismo.
Um bom caminho sem volta.
*Tiago Dória, jornalista e pesquisador de mídia.
A ideia é que os jornalistas encarem blogs, redes sociais e microblogs não apenas como ferramentas de reportagem, mas também mecanismos para a construção da sua própria marca.
Em 2009, o State of News Media Report já apontava o crescimento das marcas pessoais como uma das grandes tendências no jornalismo. Por meio de blogs, sistemas de buscas e redes sociais o leitor estaria, cada vez mais, migrando das marcas institucionais para as pessoais no jornalismo
Um exemplo desse crescimento das marcas pessoais no jornalismo está no Twitter. O serviço de microblogging é formado por diversas marcas disputando atenção, o que faz com que muitas vezes um jornalista tenha mais seguidores do que o perfil do veículo para o qual trabalha.
Algo que, claro, lança um grande desafio para as empresas de jornalismo. Incentivar ou minimizar o crescimento dessas marcas pessoais e individuais sobre as institucionais?
Se a gente olhar atentamente é algo que, a rigor, já existe há um bom tempo no jornalismo. Temos os colunistas que lançam livros e carregam consigo sua própria audiência. O que acontece é que, hoje em dia, com a crescente e alta rotatividade nas empresas e a “vida de freelancer” tornando-se uma dinâmica comum entre os profissionais de comunicação, desenvolver a sua própria marca, o seu próprio público, tem se mostrado cada vez mais atraente para os jornalistas.
Outro fator que pesa para a necessidade de desenvolver a sua própria marca pessoal e online é que, cada vez mais, plataformas de redes sociais e mecanismos de busca estão se tornando sistemas de reputação. As pessoas procuram, em redes sociais e sistemas de busca, informações e referências, sejam profissionais ou pessoais, sobre outras pessoas. Portanto, para um jornalista que quer ser relevante, ter voz nesses ambientes é imprescindível.
Porém, desenvolver a sua própria marca não é nenhum bicho de sete cabeça. Ela é regida pelos mesmos princípios por meio dos quais você contrói a sua reputação entre amigos e colegas de trabalho no mundo físico - naturalidade, segurança e coerência.
Enfim, desenvolver e administrar a sua própria marca pessoal, reputação digital, é uma das novas habilidades que o jornalista deve ter. Parece ser um problema? Não vejo dessa forma, mas sim como oportunidade.
Falo isso por experiência própria. Há cerca de 7 anos, enquanto alguns viam blog como um problema, mera moda passageira, eu via como oportunidade. E foi por meio dessa ferramenta de publicação que consegui construir grande parte da minha reputação na área de jornalismo.
Um bom caminho sem volta.
*Tiago Dória, jornalista e pesquisador de mídia.
e me surpreende a alteridade infantil de alguém do porte do Sodré usar o pejorativo "neojornalismo" pra classificar algo que ele ainda não entende. Artigo interessante!
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